Caminhos da Psicanálise

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Amor inventado!

Amar é estar disponível ao encontro dos vazios. Não há completude que dê conta. Numa relação amorosa corre-se o risco de querer tamponar o vazio do outro, de manter um vínculo de afeto na ordem da completude ou de se colocar como objeto do desejo do outro. Amar requer o saber-se incompleto. Na esfera da …

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Fragilidade das verdades que acreditávamos sólidas!

Palavras de Freud no texto “A Transitoriedade”, um relato sobre os horrores provocados pela Primeira Guerra Mundial. Ele viveu as dores do seu tempo e conseguiu transpô-las numa sensível narrativa sobre o luto de seus contemporâneos diante de tantas perdas. Freud constata que a guerra “mostrou nossos instintos em toda a sua nudez, libertou os …

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Democracias possíveis em suas impossibilidades!

Só se pode falar em democracia no singular. Não há democracias iguais. Nascem em contextos históricos, políticos, culturais, sociais e econômicos específicos. Surgem como possibilidades. São as democracias possíveis em suas impossibilidades. No Brasil, a democracia idealizada no movimento ‘Diretas Já’, em meados da década de 1980, não foi a que se implantou de fato. …

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Entre a força e o poder!

Em seu livro “A condição humana”, a filósofa política Hannah Arendt faz uma distinção entre poder e força. A concepção de poder vem da palavra grega dynamis e do latim potentia, que possuem o caráter de potencialidade. Arendt faz distinção entre poder e força. Poder é o que mantém a existência da esfera pública. É …

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Tempo de travessia!

A pandemia provocada pelo ‘novo’ coronavírus recolocou em debate a questão da finitude humana. A morte está entre nós! A qualquer momento, sem hora marcada e sem aviso prévio, podemos nos tornar uma referência estatística, sem despedidas e rituais de passagem. Isso tem causado angústia, medo e sensação de desamparo. O fato é que a …

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Memórias que nos convocam!

Em um momento onde práticas racistas se proliferam no Brasil e em outros cantos do mundo, presto uma homenagem ao meu sogro: um homem simples, criado no campo em condições precárias e que, por conta própria, foi atrás de saberes que lhe dessem uma visão mais ampla do mundo. Por ser negro, pobre e por …

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O sujeito do desejo não está alijado do sujeito coletivo

Costumo coletar pedras como recordação de lugares que visito no Brasil e em outros países. Pequenas pedras jogadas nas ruas, praças ou terrenos próximos aos locais visitados. Não têm qualquer valor econômico. São da ordem dos valores afetivos e simbólicos. Uma delas, trouxe da Robben Island, onde Nelson Mandela passou 18 dos 27 anos em …

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Perdidos no paraíso-ficção

Por séculos, nós brasileiros fomos marcados por algumas etiquetas: povo ordeiro, pacífico, harmonioso, feliz. Afinal, morávamos no paraíso e Deus era brasileiro. Essa idealização de um lugar idílico, presente em várias culturas, ganhou contornos fortes no Brasil. Quando os ‘navegantes-conquistadores’ aportaram por aqui, acompanhados pelos ‘evangelizadores-conquistadores’, descreveram o que haviam ‘descoberto’ como “o jardim perfeito: …

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O desejo não segue protocolos

“Se não se espera, não se encontrará o inesperado, pois ele não é encontrável e é sem acesso” (Heráclito de Éfesos). É comum no final do ano a repetição de pequenos rituais em busca de proteção, sorte, paz, felicidade, harmonia. Pular sete ondas no mar, comer sementes de romã, usar roupa branca. A lista é …

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A vida cabe num dia pouco

Um dia é pouco Poucos são os dias A vida cabe num dia pouco E nos outros também Só precisamos de poucos dias poucos Para viver um atrás do outro Na soma dos dias poucos e dos poucos dias Vivemos nossa eterna finitude Sofremos porque queremos viver Em um só dia os dias todos A …

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Guias de existência envelhecem rapidamente!

“Não sou a favor da fabricação de visões do mundo. Isso deve ser deixado para os filósofos, que confessadamente acham inexequível a jornada da existência sem um guia de viagem como esse, que informa sobre tudo. Aceitemos humildemente o desprezo com que eles nos olham, do alto de sua sublime carência. Mas, como também não …

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(E)ternos mortais!

“Olhei até ficar cansado De ver os meus olhos no espelho Chorei por ter despedaçado As flores que estão no canteiro.” A canção “Flores”, da banda Titãs, toca em uma questão fundamental para a psicanálise: a finitude humana. Trata-se de uma morte simbólica. Alguns a interpretaram como sendo a narrativa de um suicídio. E, nesse …

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