Caminhos da Psicanálise

Clínica Caminhos da Psicanálise atendimento e supervisão presencial e on-line

Não há certificado de qualidade na paternidade!

Logo nas duas primeiras semanas de vida da minha filha mais velha, quando trocou a noite pelo dia, percebi que estava diante de um desafio bem mais complexo do que havia imaginado – e sem qualquer ‘treinamento’ prévio. Foi um aprendizado no vácuo de estratégias preestabelecidas. Mesmo que tivesse acesso a manuais ou cartilhas sobre …

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O entrelaçamento dos tempos

No último post falei sobre o novo livro de Betty Milan, “Lacan ainda, testemunho de uma análise”, da Zahar. Havia destacado o manejo de Lacan no uso do corte e do tempo lógico das sessões. Na mitologia grega havia diferentes narrativas e palavras para falar do tempo, entre elas, cronos e kairós. Cabia ao Deus …

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Amanhã eu descanso

Cansado. Muito. Não pouco. Cansado no corpo, Cansado de corpo! Cansado por conta de, Cansado apesar de, Cansado uma vez que, Cansado dado que. Cansado com razão, Cansado sem razão. Cansado com motivos, Cansado sem motivos. Simplesmente cansado! Amanhã, sem pressa, terei tempo Para descansar do meu cansaço. Hoje, me permito ficar cansado. Sei, enfim, …

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Escutar a pólis

No livro “A política do psicanalista – do divã para a pólis”, Antonio Quinet pergunta: “É possível escutar o que diz a pólis?”. Inverto a questão: “Há como não escutar o que diz a pólis?”. Faz parte do nosso ofício, como diz Lacan, escutar as subjetividades que se estabelecem no mal-estar da civilização a cada …

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Lacan ainda

Instigado por Tati Bernardi, em sua coluna para a Folha de São Paulo dessa semana, comprei o livro “Lacan ainda, testemunho de uma análise”, da escritora e psicanalista Betty Milan, uma das pioneiras da psicanálise lacaniana no Brasil, e tradutora do primeiro seminário de Lacan em língua portuguesa: “Os escritos técnicos de Freud”. Em sua …

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Cartas de amor

Os envelopes usados na arte deste post são do final da década de 1970. Aqui em casa são considerados relíquias e ficam guardados a sete chaves. Cada um deles era feito de forma artesanal. Nunca se repetiam. Eu os recebia da minha namorada. Saí de Londrina em 1977 para iniciar a minha trajetória universitária em …

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Amor é aposta, é risco, é invenção

No poema “Amor e seu tempo”, o poeta Carlos Drummond de Andrade afirma que “Amor é o que se aprende no limite, depois de se arquivar toda a ciência herdada, ouvida. Amor começa tarde”. Em outras palavras, não há ciência explicativa do amor. É algo que não se aprende em manuais prescritivos. Nem segue as …

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A vida exige riscos e rabiscos

No final da década de 1980, assisti “Asas do Desejo”, do diretor Wim Wenders, premiado em Cannes, e considerado um dos mais inquietantes filmes sobre a condição humana. Mais tarde, foi adaptado por Hollywood em “Cidade dos Anjos”. Retrata a relação entre os anjos, vistos como seres eternos e imortais, e os humanos, seres finitos …

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Não tenho pressa: não a têm o sol e a lua.

Não tenho pressa: não a têm o sol e a lua. Ninguém anda mais depressa do que as pernas que tem. Se onde quero estar é longe, não estou lá num momento. Sim: existo dentro do meu corpo. Não trago o sol nem a lua na algibeira. Não quero conquistar mundos porque dormi mal, Nem …

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Brisa do campo: mistérios permanecem e a vida continua!

Tive o privilégio de escrever o prefácio do livro “Brisa do Campo”, do artista plástico, escritor e amigo, Caetano Imbo. Não obstante ser uma obra direcionada ao público infanto-juvenil, é capaz de encantar também os adultos. Ao brincar com as cores e as letras, o autor nos coloca em uma aldeia no interior de Cacheu, …

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Desregulamentar o amor!

Infelizes os que teimam em regulamentar o amor. Ele não cabe nos manuais prescritivos ou explicativos. O que o amor pede é a implicação na escolha do laço afetivo. É a entrega sem razão. Quando se tem que explicar ou justificar o porquê de estar junto a alguém, o amor se esvazia de amor. Dagmar …

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Há vida na finitude!

A pandemia provocada pelo coronavírus nos coloca novamente diante da finitude humana. Michel de Montaigne dizia que: “Ensinar os homens a morrer é ensiná-los a viver”. No final da década de 1980, assisti “Asas do Desejo”, do diretor Wim Wenders, premiado em Cannes, e considerado um dos mais inquietantes filmes sobre a condição humana. Mais …

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